Era noite de lua cheia quando o céu começou a se acender.
Uma a uma, milhares de lanternas subiram em silêncio, iluminando a escuridão com uma delicadeza quase coreografada. Ninguém falava alto. Não havia música. Apenas o som leve do vento e o brilho amarelado das chamas flutuando — como se, por alguns instantes, todo mundo ali estivesse conectado por algo maior.
Do lado de fora, o cenário era deslumbrante.
Do lado de dentro, uma mistura difícil de descrever: emoção contida, uma sensação de pausa, talvez até um alívio.
Essa não foi apenas uma viagem. Foi um rito de passagem.
Não no sentido místico da palavra — mas como um daqueles momentos que deixam marcas por serem simples, intensos e inesperadamente humanos.
Fui para Chiang Mai, no norte da Tailândia, com a intenção de participar do Festival das Lanternas, e acabei vivendo não um, mas dois rituais que fazem parte do mesmo período: o Yi Peng, quando lanternas sobem ao céu, e o Loy Krathong, quando pequenos barquinhos de luz são soltos na água.
São dois eventos diferentes, mas que se encontram na mesma noite — e, de algum jeito, se encontram também dentro da gente.
E é sobre isso que esse texto fala: a experiência de estar ali, entre tradição, beleza e presença.
Yi Peng e Loy Krathong: entre a terra, o céu e a água
Em novembro, quando a lua cheia desenha seu brilho mais redondo no céu tailandês, duas celebrações se encontram em Chiang Mai. À primeira vista, parecem parte de um mesmo festival — mas carregam histórias, origens e significados distintos. E é justamente essa convergência que torna a experiência tão rica.
A ancestralidade que sobe ao céu
O Yi Peng nasceu no norte da Tailândia, durante o período do antigo Reino Lanna. Era uma tradição local, inicialmente ligada ao budismo e aos ciclos lunares, que com o tempo ganhou espaço na cultura nacional. A prática principal é a liberação das lanternas flutuantes — chamadas de khom loi — feitas de papel de arroz e sustentadas por uma chama interna que aquece o ar e as faz subir lentamente.
Cada lanterna carrega um gesto simbólico: deixar ir o que já não serve, elevar uma intenção, agradecer silenciosamente. O céu se transforma num espelho de tudo o que as pessoas carregam por dentro — e, por alguns minutos, parece devolver uma resposta em forma de luz.
Ainda que hoje o festival tenha se popularizado e se espalhado, é em Chiang Mai que ele mantém uma relação mais profunda com seus significados originais. Muitos dos eventos acontecem em parceria com templos e monges locais, o que preserva o sentido espiritual do ritual mesmo em meio à presença de visitantes de todo o mundo.
O silêncio das águas e a gratidão antiga
Enquanto as lanternas sobem no céu, os rios da cidade recebem outro tipo de oferenda. O Loy Krathong é uma celebração que acontece ao mesmo tempo, mas que tem raízes diferentes — suas origens vêm da fusão de rituais bramânicos com a espiritualidade budista.
Nesse festival, a água é o elemento central. Pequenas jangadas artesanais, chamadas de krathongs, são colocadas nos rios com velas acesas, flores e incenso. São feitas tradicionalmente de folhas de bananeira, e carregam orações silenciosas à deusa das águas, Phra Mae Khongkha. Ao soltá-las, os tailandeses agradecem, pedem perdão e entregam suas mágoas e excessos ao fluxo natural da vida.
A energia é diferente da do Yi Peng. Se no céu há um espetáculo de luz, no rio há um tipo de recolhimento. As velas flutuando na água formam uma linha tênue de esperança, que desliza devagar enquanto as pessoas observam com uma mistura de ternura e respeito.
Dois rituais, um mesmo tempo
Embora ocorram juntos, Yi Peng e Loy Krathong são celebrações distintas. Um se volta para o alto; o outro, para o profundo. O primeiro é o impulso de elevar e renovar. O segundo, o gesto de soltar e agradecer. E é justamente em Chiang Mai que essa combinação se manifesta com mais potência.
A cidade abraça os dois rituais de forma equilibrada. Não só pelo cenário — com seus templos antigos, rios largos e céu limpo — mas pela forma como as pessoas ainda preservam os significados dessas práticas. É possível ver famílias montando seus krathongs com calma, crianças segurando lanternas com as duas mãos, turistas silenciosos ao lado de monges em oração.
Chiang Mai oferece o que talvez nenhuma outra cidade consiga: a possibilidade de viver uma experiência completa, onde o espiritual, o simbólico e o cotidiano se entrelaçam com naturalidade. Durante os dias do festival, tudo parece mais suave. A luz muda. O tempo se acomoda. E mesmo sem entender todos os códigos da cultura local, é possível sentir que se está diante de algo que vai além do visual.
Curiosidades que revelam a essência
Por trás do encantamento visual dos festivais, existem gestos que atravessam gerações e reforçam o valor dessas tradições. As lanternas do Yi Peng, por exemplo, seguem um princípio simples e ao mesmo tempo engenhoso: são feitas com papel de arroz e estrutura de bambu — materiais leves, naturais e que permitem que a chama interna aqueça o ar e faça com que a lanterna suba. Hoje, muitas versões são produzidas com consciência ambiental, biodegradáveis e sem metais, respeitando o céu e o solo por onde passam.
Existe uma crença popular que diz que, se sua lanterna subir com firmeza e continuar acesa até desaparecer no céu, o pedido feito será atendido. Mas se ela tombar no ar ou apagar antes de ganhar altura, talvez ainda haja algo dentro de você que precise ser olhado com mais calma. Não é uma superstição no sentido ocidental. É mais uma forma poética de ler o gesto e se permitir refletir sobre ele.
No caso do Loy Krathong, o simbolismo se materializa nos barquinhos flutuantes — os krathongs. Antigamente, eles eram montados em casa, com folhas de bananeira cuidadosamente dobradas, flores frescas, uma vela e incenso. Cada item tem um papel: a flor representa a gratidão, a vela a luz da consciência, o incenso o elo entre o visível e o invisível.
Hoje ainda é possível encontrar krathongs simples e autênticos, especialmente nas mãos de moradores que os montam para si ou para vender nas feiras. Mas em algumas regiões, principalmente nas áreas mais urbanas, os festivais ganharam um tom mais festivo. Há concursos de krathongs, desfiles com trajes típicos, apresentações de danças tradicionais e até fogos de artifício. Essa dimensão mais estética, embora diferente da raiz do ritual, também revela a alegria com que a cultura local celebra seus ciclos.
O gesto de soltar o krathong na água continua sendo íntimo. Mesmo com a cidade em festa, o momento em que se acende a vela e se entrega o barquinho ao rio ainda carrega algo de silencioso. Um respiro. Um reconhecimento do que passou. Uma vontade de seguir em frente sem tanto peso.
É nesse equilíbrio entre o simples e o elaborado, o coletivo e o pessoal, que os festivais se tornam tão únicos. Eles não são só bonitos de ver — são bonitos de viver. E talvez seja isso que faz com que fiquem com a gente por tanto tempo, mesmo depois que as luzes se apagam.
Quando a cidade muda de ritmo e a gente muda junto
Cheguei a Chiang Mai alguns dias antes dos festivais começarem. Queria ter tempo, não só para me organizar, mas para observar o que a cidade se tornava nesses dias que antecedem o Yi Peng e o Loy Krathong. E foi a melhor escolha que fiz.
À medida que a data se aproximava, a cidade começou a se transformar. A decoração nos templos aumentava discretamente, os moradores pareciam andar mais devagar. Havia um cuidado silencioso nos gestos: pessoas trançando folhas de bananeira, crianças ajudando a montar lanternas, monges preparando os espaços de cerimônia com flores e velas. Mesmo sem entender o idioma, eu entendia o clima. Era como se tudo se preparasse — não para um espetáculo, mas para um momento de atenção coletiva.
Antes de olhar o céu, eu quis olhar pra dentro
Um dia antes da celebração, visitei o Wat Phra That Doi Suthep, um dos templos mais antigos e reverenciados do norte da Tailândia. Fica no alto de uma montanha, com uma vista que abraça toda a cidade. Subi as escadas devagar, ouvindo o som dos sinos e dos passos. Foi minha maneira de começar — não pela festa, mas por dentro.
Ali, entre incensos e monges em silêncio, senti que não precisava entender tudo racionalmente. Às vezes, só estar presente já é uma forma de respeito. Observei, fiquei quieta, agradeci como sabia. Na volta, desci a montanha com menos peso do que subi.
A noite em que o céu acendeu
No dia do Yi Peng, cheguei cedo ao local da cerimônia. Era uma área mais afastada do centro, organizada por uma comunidade ligada a um templo — não era um evento turístico qualquer, e isso fazia toda a diferença. Havia instruções claras: nada de barulho, celulares guardados, nada de pressa. A lanterna só podia ser solta no momento certo, junto com todos os outros. E essa espera criou um clima que eu nunca tinha sentido antes.
Recebi minha lanterna, sentei no chão junto com dezenas de outras pessoas e esperei.
Enquanto isso, escrevi no papel o que queria soltar. Não era uma frase bonita nem um mantra. Era simples, direto, quase óbvio. Mas era meu. E naquele contexto, isso bastava.
Quando a hora chegou, todos se levantaram devagar. As lanternas foram acesas em silêncio, e, num único movimento, subiram.
O céu ficou vivo.
Por alguns segundos, não dava pra distinguir onde terminava a luz das chamas e começava a da lua. Estava tudo ali, misturado: a beleza, a emoção, o corpo arrepiado, a garganta apertada. Não chorei — mas senti tudo.
Foi breve. E talvez por isso tenha sido tão intenso.
A lanterna subiu sem esforço. Eu fiquei ali olhando, sem precisar dizer nada pra ninguém.
E depois, o rio levou o que precisava ir
No dia seguinte, participei do Loy Krathong. Caminhei até o rio com um krathong pequeno que comprei de uma senhora na rua. Ela sorriu e me ensinou como segurar, como acender. O gesto era quase íntimo. Não havia ninguém tirando foto. Ninguém falando alto.
Coloquei o barquinho na água com calma. E fiquei olhando até que a vela virasse só um ponto distante, flutuando entre tantos outros.
Foi ali que senti que estava entregando algo. Não grande, não dramático. Só algo que já não precisava mais carregar.
O que ficou depois que a luz se apagou
Voltei pro hotel em silêncio. O céu já estava escuro de novo, os rios também. As lanternas sumiram, os krathongs também. Mas algo em mim tinha ficado mais leve.
Não voltei com revelações. Voltei com pausas.
Voltei com a lembrança de um silêncio que foi coletivo, mas que reverberou em mim de forma pessoal.
E hoje, escrevendo sobre isso, percebo que a força daquela noite não estava no espetáculo visual — estava no cuidado com os detalhes, na espera, na presença.
Foi isso que me tocou: o fato de que nada ali era urgente, mas tudo era cheio de intenção.
Como viver o Festival das Lanternas com respeito e presença
Quando comecei a planejar minha ida à Tailândia, encontrei muitos conteúdos sobre o Festival das Lanternas. Fotos lindas, vídeos impactantes, promessas de experiências inesquecíveis. Mas o que mais me ajudou de verdade foi ouvir quem já tinha vivido — sem exagero, sem filtro, e com atenção aos detalhes que não aparecem nas imagens.
A escolha do tempo certo
Os festivais acontecem em novembro, mas as datas mudam a cada ano, já que são baseadas no calendário lunar. A lua cheia do 12º mês tailandês é o marco. Pode cair no começo ou no fim do mês, então vale acompanhar os calendários oficiais antes de comprar passagem. Eu cheguei alguns dias antes, e recomendo com sinceridade: a experiência começa quando você desacelera. A cidade vai se preparando, e você também.
Chiang Mai: o coração dos dois rituais
Não é à toa que Chiang Mai é considerada o melhor lugar para viver tanto o Yi Peng quanto o Loy Krathong. Além de ter sido a capital espiritual do Reino Lanna, é onde as duas tradições acontecem com mais intensidade — o céu se ilumina com as lanternas e os rios recebem os barquinhos de luz. Em outras partes da Tailândia, o Loy Krathong é mais comum, mas o Yi Peng, com toda sua carga simbólica, pulsa mesmo ali, no norte.
A cidade respira essa espiritualidade popular. Não no sentido religioso, mas no cuidado com os gestos. Os moradores participam dos rituais com naturalidade, sem espetáculo. E quando você entra nesse ritmo, tudo se transforma.
Cerimônias que acolhem com verdade
Um dos pontos mais importantes pra mim foi escolher participar de um evento que preservasse o sentido da celebração. Existem cerimônias organizadas por templos e comunidades budistas que abrem espaço para visitantes, mas com regras claras e ambiente respeitoso.
Na que eu participei, o silêncio era parte do ritual. Havia um momento de instrução, outro de espera, outro de reflexão. As lanternas eram ecológicas, sem estrutura metálica, e a soltura acontecia em sincronia com todos ali. Era bonito porque era simples — e porque ninguém estava tentando “aproveitar” o momento, apenas viver.
Eventos muito comerciais, com shows, música alta e centenas de drones, também existem. Mas sinceramente, não era o tipo de experiência que eu procurava. E se a proposta é se conectar com algo mais simbólico, esses grandes espetáculos acabam esvaziando o significado. Vale pesquisar, perguntar, e escolher com consciência.
Experiências que somam, sem perder o sentido
Existem formas de viver o festival com suporte e, ainda assim, manter o respeito ao que ele representa. Muitos viajantes optam por experiências mediadas por pessoas locais ou por pequenos grupos que oferecem transporte, introdução cultural e até atividades complementares, como oficinas de montagem de krathongs ou rodas de conversa sobre o significado dos rituais.
Essa pode ser uma boa alternativa, especialmente se for sua primeira vez na Tailândia ou se você estiver em busca de um caminho mais acolhedor e consciente para vivenciar tudo isso. O ideal é procurar experiências que priorizem a conexão com a cultura, e não apenas a estética do momento.
Evitar pacotes que prometem “o melhor ângulo para fotos” foi, no meu caso, essencial. Estar presente, sem a pressão de registrar tudo, me permitiu perceber detalhes que passam despercebidos quando a gente olha só pela lente da câmera. O que eu levei da viagem não foi uma sequência de imagens perfeitas, mas o silêncio compartilhado, os gestos pequenos, o tempo desacelerado — e isso, nenhum filtro entrega.
Cuidados que fazem sentido
Existem formas simples de demonstrar respeito e também de se sentir mais confortável durante os festivais. Roupas que cubram ombros e joelhos são bem-vindas, especialmente nas cerimônias que envolvem templos. Evitar flashes e celulares o tempo todo ajuda você a perceber mais do que ver. E levar um caderninho pode parecer banal, mas anotar o que você sente ali — no calor do instante — vale mais do que qualquer lembrança comprada.
Viver essa experiência não é sobre acumular mais um carimbo no passaporte. É sobre estar em um lugar que tem uma história, uma energia própria e uma forma única de celebrar a vida, o tempo e o que vai embora. Quanto mais presente você estiver, mais o festival devolve.
Para além da cerimônia: o que mais ver e viver em Chiang Mai
Chiang Mai tem um jeito particular de receber. Não apressa, não exige, não empurra para um roteiro cronometrado. Ela convida — com calma — a olhar em volta, a andar sem destino, a escutar o próprio passo. E por isso, se puder, vale dedicar mais do que apenas um fim de semana à cidade. Ficar alguns dias a mais permite que a experiência se expanda para além das lanternas e dos rituais.
Uma pausa entre as árvores
Em uma manhã de céu nublado, fui até o Wat Umong, um templo antigo construído em meio à floresta. Não havia multidão. Não havia pressa. Só o som dos pássaros, dos sinos pendurados e dos próprios pensamentos. Os túneis subterrâneos que fazem parte da construção criam um tipo de recolhimento natural. E mesmo sem entender o que os símbolos nas paredes significavam, era impossível não sentir que aquele lugar tinha memória. Caminhar ali não foi turístico. Foi necessário.
Silenciar o corpo e a mente
Chiang Mai é conhecida por abrigar centros de meditação, yoga e retiros silenciosos. E mesmo que você não esteja em busca de um retiro formal, há espaços que oferecem vivências de um dia ou algumas horas — como sessões de meditação guiada, respiração consciente ou até práticas mais simples, mas cheias de intenção. Para quem viaja sozinha, esse tipo de pausa pode ser uma forma de reencontro. Não exige experiência anterior. Só presença.
Subir, respirar, ver de longe
Outro caminho bonito foi sair da cidade e subir rumo às montanhas. Mae Kampong é uma pequena vila cercada por verde, onde o tempo parece passar de outro jeito. As casas de madeira, o cheiro de comida feita na hora, as conversas com moradores entre gestos e sorrisos — tudo ali tem um ritmo que desacelera sem esforço. Não é um lugar para ver grandes atrações. É um lugar para estar.
Mais adiante, subir até o ponto mais alto da Tailândia, o Doi Inthanon, trouxe outro tipo de experiência. Do alto, a vista se abre entre nuvens e floresta densa. Há templos, trilhas, cachoeiras. Mas o que ficou mesmo foi a sensação de respirar fundo. De olhar de cima e lembrar que, às vezes, tudo o que a gente precisa é de um pouco mais de ar.
Quando a luz se apaga, o que permanece?
Depois que as lanternas somem no céu e os krathongs viram pequenos pontos de luz flutuando no rio, Chiang Mai volta ao seu ritmo habitual. As ruas silenciam, os templos recolhem as velas, e o movimento delicado que tomou a cidade por alguns dias se dissolve no cotidiano.
Mas quem esteve lá com o corpo presente, e o olhar atento, volta diferente. Não porque algo grandioso aconteceu, mas porque teve espaço para perceber o que normalmente passa despercebido. As pausas. Os rituais. Os gestos simples que, quando feitos com intenção, ganham outro peso.
O Festival das Lanternas na Tailândia não é sobre ver um céu bonito, nem sobre “liberar o que não serve mais” com frases prontas. Ele é sobre se colocar ali, entre o brilho e o escuro, entre o gesto coletivo e o silêncio pessoal. É sobre observar uma cidade inteira se organizando em torno de um ciclo e entender, com o tempo, que a gente também vive de ciclos.
Não existe uma forma certa de viver essa experiência. Existe a possibilidade de vivê-la com consciência. Com menos urgência. Com mais presença.
E se você pudesse soltar uma lanterna agora?
O que escreveria nela?
O que deixaria ir?
E o que gostaria de levar consigo, mesmo depois que a chama apagar?
Se você chegou até aqui, espero que esse texto tenha te feito sentir um pouco do que eu vivi — e mais do que isso, que tenha te inspirado a buscar experiências que te toquem de verdade, no tempo que for, no destino que escolher.
Este é só o começo de uma série de vivências que merecem ser contadas com calma.
Fica comigo por aqui — tem muito mais mundo pra sentir. ✧